Originário da Bacia Amazônica, o acará-bandeira
(Pterophyllum scalare) é um peixe de carne saborosa. Pode ser criado
tanto para consumo quanto ornamentação. Embora seja mais facilmente ambientado
em locais de clima quente, tolera temperaturas mais amenas, ao redor de 20 graus
célsius, o que permitiu à criação da espécie avançar por quase todo o território
nacional.
De beleza exótica e manejo simples, o acará-bandeira é uma
opção interessante mesmo para produtores que não possuem experiência na
atividade. O peixe tem corpo achatado e cores variadas. Alguns contam com
listras e nadadeiras longas, chamadas de véu. São procurados para embelezar
aquários e convivem bem com outras espécies.
Criado para o segmento de ornamentação, no qual é um dos
mais comercializados no mundo inteiro, o acará-bandeira chega a medir
aproximadamente 12 centímetros de comprimento. Aos três meses de idade, alcança
três centímetros de comprimento, tamanho que já pode ser vendido para o
mercado.
O acará-bandeira é um peixe tranquilo, resistente e produtivo, come de tudo e
se reproduz por meio de ovos. Gosta de desovar em folhas largas de plantas ou na
superfície de pedras grandes e lisas. Os ovos são grudentos e podem aderir até
em vidro de aquário. Se estiverem em local onde há presença de outros peixes
predadores, é necessário transportá-los para outro recipiente para uma eclosão
sem riscos. Um cuidado que se deve ter na criação do acará-bandeira é quanto à
distinção entre exemplares machos e fêmeas quando o peixe ainda é jovem, o que
não é fácil visualmente.
Para formar casais, pesquisadores afirmam que a prática mais adequada é, ao
atingir de seis a sete centímetros de comprimento, manter de dez a 15 peixes
juntos em caixas d'água, aquários grandes e outros recipientes adequados. Como
são monogâmicos, os pares escolhidos acabam se isolando do grupo, possibilitando sua identificação.
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